domingo, 3 de outubro de 2010

Beija-Flor de Mainha para Mim


Havia uma família de beija flor que vivia no ninho em harmonia, até que um dia a ave mais moça foi empurrada por um gavião e quebrou a asa. Foi aquele horror. O pai quis matar o gavião, a ave irmã queria destruir o ninho do gavião e a ave mãe só fazia chorar. Depois do impacto inicial, todos se acalmaram e viram que quem precisava de apoio agora era a ave que tinha quebrado a asa e não podia mais voar.

A ave que quebrou a asa era otimista, alegre, de bem com a vida, e os outros membros da família não queriam que ela perdesse essa alegria, apesar do acontecido.

Foram longos anos de recuperação, todos juntos, sem deixar ela se deprimir, nem se sentir uma coitadinha. Apesar da asa quebrada ela voava carnaval, voava trilha na chapada, tinha uma vida quase normal, apesar das restrições da asa quebrada, até na Euro Disney ela foi em quase todos os brinquedos.

O pai ave nunca desanimou. Achava que ia descobrir um médico que ia consertar a asa de sua ave. Correu meio mundo e nada. Ele porem não desanimava. Quando se falava no assunto, ele dizia: “a medicina esta avançando, vai aparecer algum médico não sei aonde, nem quando, mas que vai, vai.” No mês anterior um dos médicos consultado, tinha tirado todas as esperanças, dizendo que não mexia ali de maneira nenhuma.

No mês seguinte, olhando um programa de TV apareceu uma coruja muito sábia.
Foi marcada uma consulta em Campinas, onde atuava a coruja sábia e ela disse que era possível consertar a asa com seqüela, o que poderia ser feito em etapas.Aí todo o sofrimento voltou multiplicado, pois as dores depois das cirurgias eras alucinantes, vez que até a morfina fazia pouco efeito. A ave mãe até desejava trocar de lugar com ela, e não podia. Sofria sem poder fazer nada. Fez uma, duas, três, seis, enfim, foram dezenove cirurgias na avezinha. A ave mãe, a ave irmã e a ave pai ali, grudados sempre juntos, mas não podiam fazer nada a não ser orar e dar apoio. A dor quem sentia era ela. A ave mãe permanecia junto o tempo todo. Muitas vezes chorou sozinha pela impotência de não poder fazer algo para melhorar as dores, mas era em vão. A dor era da avezinha.

A avezinha por sua vez, nunca desanimou, tinha muita força de vontade, nunca se queixou, aceitou tudo sem nunca perder a esperança, alegria e a vontade de viver.Mexia, e remexiam com a asa dela. A cada hora uma novidade, um procedimento novo, e ela ali, agüentando tudo com um sorriso de esperança nos lábios, sabendo que era para melhor o que estava fazendo ela sofrer agora. Nunca vi uma ave sofrer com tanta resignação.

Hoje a avezinha esta praticamente curada e não aceita ser tratada numa redoma de vidro e sim como uma ave normal.
Quando falamos, olhe sua asa!
Ela responde, que asa. A minha é igual a sua.
Deu uma lição de otimismo a todos nós, pois leva uma vida normal, voando mais longe que muita ave que nunca teve problema algum.

3 comentários:

  1. Giulia,
    Parabéns pelo Blog, está lindo!!! Fostes muito feliz em seus comentários, gostei muito pela condução. E este seu texto da família Beija-Flor em especial,adorei!!!
    Com certeza sua história de vida, sua força e forma de conduzir tudo, trará muita esperança e força a quem esteja passando por dificuldades ou mesmo para aqueles que precisam de uma mensagem de otimismo! E sem dúvida como um exemplo, para todas as pessoas!!!
    Um grande abraço e Sucesso!!!
    Luciana Dysarz

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  2. Que texto mais lindo!!!
    A ave mãe só esqueceu dizer que ela agora ela precisa é "amarrar" a avezinha no pé da mesa, de vez em quando, pq senão ela quer alçar voos á luaaaaaaaaaaaaaaa,pq hoje,nem o céu é o limite para ela!!!

    Deus continue abençoando essa família de beija- flor que eu tanto amo.
    bjks

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