domingo, 16 de outubro de 2011

O Jogo do Contente

No Jogo do Contente - Pollyanna. Como ele me mostra que não há conformidade com os fatos ,que respiro fundo e retiro o véu e as sombras e enxergo a minha capacidade de ressignificar, de ver sempre o lado positivo e de como o utilizo de forma fácil, simples e até mesmo inconsciente. E como consigo passar esta forma de agir para outras pessoas e é tão boa a sensação quente, iluminada, florida e perfumada que toma conta de meu ser e me faz acreditar que estou caminhando para me tornar um ser humano cada dia um pouco melhor e assim transformar o mundo em um mundo melhor também um pouco a cada dia.


Foto: Emanuele Benvenutti

sábado, 27 de agosto de 2011

Sentimentos são como cores, alguns claros e serenos outros escuros e sombrios.



Sinto a minha alma mais iluminada e os meus sentimentos estão sempre claros e serenos (às vezes impulsivos e apaixonados). Hoje mais que ontem e amanhã mais que hoje procuro despertar o que há de melhor em mim. O riso solto, o brilho no olhar, o coração aberto, a certeza que vou alcançar minhas metas a curto, médio e longo prazo.
Eu consigo ir fundo nos meus sentimentos e tirar de mim para não mais voltar as raivas, as tristezas, as mágoas, o não fazer ou o fazer demais, estou me libertando, as mudanças em mim já acontecem diariamente e nada pode modificá-las, pois todos os meus sentimentos permito que venham com toda a força e eu sou capaz de destruir cada um que seja escuro ou sombrio, encerrando ciclos e sei que só consigo fazer isso, por que quero,por que acredito ser o melhor para mim.
Ter a certeza mais uma vez da presença de Deus nas mínimas coisas me faz ficar mais forte e sabe o que é melhor? Estes sentimentos claros e serenos (às impulsivos e apaixonados), confirmam que os dias bons sempre irão superar os ruins e que continuarei sendo capaz de transmitir a minha Fé, o meu Amor pela Vida, por nós Seres Humanos, por e para onde Eu for eles estão e continuarão sempre comigo. Abram alas pois Giulia Maria está aqui hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje. Sou uma resiliente sim, e não permito que queiram me fazer ver mais dias cinzas que coloridos. Como já disse o poeta:" eu consigo ver um raio de luz na escuridão " e sou assim por ter nascido na família ideal para mim, pois é exatamente do tamanho que preciso. E por me permitir encontrar e reencontrar amigos que são capazes de despertar o meu melhor e  aturar meu pior.
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domingo, 21 de agosto de 2011

Vida-Sensações

Doce,suculenta,macia e um pouquinho azeda como uma mousse de limão com suspiro. Possui o som do mar calmo ou do vento de chuva. As cores e  a luminosidade do amanhecer de um dia de verão ou o cinza do céu do inverno. O cheiro delicado da rosa e  a  força do lírio ao nascer e florir no charco. Assim percebo  o meu dia a dia e quando os sentimentos se tornam poderosos demais o meu corpo chora de alegria, sorrir de tristeza  ou simplesmente faz o sangue correr mais livre e mais latente nas minhas veias. A celebração diária  se faz presente e o calor do amor também, desperto sempre acreditando no novo dia e nas boas energias que dele sugarei e ao mesmo tempo emitirei. Será loucura da minha alma? Não, não creio, nada é absoluto, tudo é o resultado do meu mapa mental e eu só  me permito trilhar caminhos que me tornem mais consciente do ser humano que sou.















































quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Preguiça x Inspiração


Eu estou igualzinha a ele, com idéias mil mas uma preguiiiçççaaa!!!! aí vem  a inspiração.....escrevo um pouco .....vem a preguiça......vem  a inspiração.....por enquanto só tenho  a dizer que estou muito feliz!!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amanhecer.....




...o silêncio, a quietude, o marulho, o canto do vento, o frescor, o cheiro de esperança e a certeza da minha fé me fazem amar o amanhecer, me sinto inteira como um ser humano em evolução. Tendo a possibilidade de aprender, acertar, mudar, criar, desaprender, errar, sorrir, de ver matizes de cores, sejam do cinza ou raios de sol ou  a mudança da tonalidade do azul do mar. Me permito mergulhar em todo o meu ser nesta pequena fração de tempo e  tudo se torna possível.Me sinto criança, vendo desenho nas nuvens, me vejo garota adolescente com nariz empinado e às vezes insolente e sempre sorridente e me sinto mulher que ainda vê desenhos nas nuvens, tem o nariz empinado, um pouco insolente,um brilho no olhar e um sorriso nos lábios, dengosa, responsável, pontual, mediadora, chata , que canta e dança como se não estivesse ninguém olhando, que se sente plena, com um monte de ?????? a serem ou não respondidas e que no amor ao amanhecer enxerga não um novo dia, e sim a relva fresca com gotas de orvalho, que ouve um som único alegrando a  alma e sente um cheiro de rosas se abrindo para o a chuva, para o sol ...para  a vida.







sábado, 23 de abril de 2011

Desabafo.......



Hoje recebi um e-mail de uma amiga minha, Nanda Paiva. Onde é  contada  a história de um japonês, Peng Shuilin, que perdeu metade do corpo em acidente e hoje mais de 10 anos depois e contra todos os prognósticos está andando e vivendo uma vida  tranquila, o sorriso dele diz tudo. 
E então, olhando esta paisagem ...... me veio este desabafo que agora compartilho com vcs.
Não tive membro nenhum amputado, mas acredite amiga,ficar sem andar e sem saber como vai ser o dia de amanhã não é fácil e eu infelizmente sentir isso na pele por 1ano e 6meses tempo q passei na cama, alguns meses sem sentar, alguns meses sem deitar e alguns meses recostada e fazendo tudo o q vc possa imaginar na cama.Sem falar nos anos que passei andando de muletas. E se disser q não me revoltei, estaria mentindo, me revoltei sim, só que Deus e a espiritualidade me deram  uma familia e amigos que nunca me permitiram surtar, deprimir e  a minha fé e força, encontrei respectivamente em meu pai e em minha mãe, além claro do amor e torcida de todos que hoje fazem parte da minha história. Inclusive vc.
Desculpe o desabafo, hoje estou especialmente sensível, provavelmente por estar me recuperando de uma queda e os hematomas estarem se desfazendo e por isso doloridos. e tb, talvez pq todas as vezes que começo um novo caminhar, tem acontecido algo p/ fazer eu parar e eu ainda não consigo enxergar o ou os motivos.E hoje com o conhecimento que possuo da espiritualidade e de PNl saberei encontrar os motivos e dar um basta, mas uma vez não perco a fé, a certeza de que caminhar em direção ao positivo, não fugindo do negativo, e sim resolvendo e fechando ciclos é mais uma vez fundamental para mim. Conversarei com cada uma das minhas subpersonalidades e serei como sempre sincera, mesmo que haja alguma dor.
Sei que não sou melhor ou pior do que o outro, mas sei que posso estar mudando para melhor.

Bjos e um abraço de "ursa",

Giulia Maria

PS; Não estou triste apenas reflexiva. 

terça-feira, 5 de abril de 2011

OBA!!! " 6 anos que Uma cirurgia com célula-tronco mudou minha vida”











Texto da revista Marie Clarie - Setembro de 2007


Giulia Costa tinha 20 anos e o sonho de se formar pedagoga quando foi atropelada por um carro em alta velocidade. O resultado do acidente foi uma fratura na perna esquerda que a deixou deficiente física. Depois de 14 cirurgias e 15 anos vivendo com limitações, Giulia aceitou ser a primeira paciente do mundo a se submeter à técnica cirúrgica que combina osso sintético e células-tronco. Recuperada, ela conta como está 'reaprendendo a viver'.
'Nunca senti pena de mim. Aprendi com a minha família a não fazer drama diante de uma crise'
Eu tinha acabado de me formar no Magistério, estava dando aulas em uma escola particular e me preparava para prestar o vestibular em Pedagogia. Era uma jovem comum, que usava minissaia, decote, biquíni. Gostava de jogar capoeira, andar pela praia de Itapuã e sair atrás de trios elétricos no Carnaval de Salvador. Mas, em novembro de 1988, minha vida mudou radicalmente. Era de manhã, eu estava indo para o cursinho, quando fui atropelada na faixa de pedestres por um carro que furou o sinal vermelho. O impacto foi tão grande que fui jogada na pista contrária da avenida.

O motorista foi embora, como se nada tivesse acontecido, e eu fui levada por dois homens que viram o acidente para um hospital público perto dali. Naquela hora, não sabia onde estava e muito menos o que tinha acontecido. Foi tudo tão rápido e inesperado que não consegui guardar na memória. Mas lembro dos gemidos, das luzes brancas do hospital, do cheiro forte de éter. Lembro também da dor lancinante que sentia na perna esquerda e do medo de estar ali sozinha e sem condição nenhuma de tomar qualquer providência que pudesse melhorar o meu estado.

Meus pais, que foram avisados pelo telefone, chegaram logo depois e me transferiram para um hospital particular. Apesar da dor que contaminava o meu corpo, senti um alívio profundo ao ver meus pais. Era sinal de que eu estava amparada e viva. Logo soube que, além das várias escoriações, meu fêmur esquerdo tinha sido quebrado no acidente e que eu precisava ser operada com urgência. Naquele dia mesmo, entrei na faca.

Depois de uma semana de internação, voltei para casa feliz da vida. Ainda tinha dor na perna, nos machucados, mas os médicos me garantiram que, em 90 dias, eu estaria andando normalmente. Na minha cabeça, o pior já tinha passado. Mas que nada, mal tinha começado. Primeiro, tive febre e inchaço no lugar da cicatriz. Mas o médico do hospital insistia em achar que era 'dengo' meu.

Como não melhorava, meus pais me levaram a outro médico. Fui atendida por dois especialistas e recebi o diagnóstico: grave infecção óssea. Esses médicos tentaram conter a infecção me dando antibióticos e me engessando do pé até embaixo do seio. Aquilo não era um gesso, era uma armadura! Eu ficava sentada o tempo todo. Não levantava, nem deitava. Dormia sentada, ancorada por um monte de almofadas. Foram três meses assim.

Ainda bem que a minha família nunca foi de fazer drama, e eu acabei aprendendo a ser assim também. Às vezes, até ameaçava todo mundo lá em casa, em tom de brincadeira: 'Vou ficar capenga e vocês vão ter que cuidar de mim para sempre.' Mas acreditava que era um problema passageiro e nem pensava nas perdas que tinha tido com o acidente. Meu maior objetivo era seguir todas as orientações médicas para me recuperar e voltar a ter uma vida normal. Não sentia pena de mim e raríssimas vezes chorei. Nas noites de insônia, 'assistia' da minha janela o farol de Itapuã acendendo e apagando...

Quando finalmente tirei o 'gesso armadura', estava cheia de esperança de que a história terminaria ali, mas tive outra péssima notícia. Todo aquele esforço para conter a infecção não tinha adiantado nada. Ao contrário, a infecção tinha piorado, e eu precisava ser operada de novo, também com urgência, para tirar a parte infeccionada do fêmur.

Dessa vez, era uma cirurgia complicada, eu corria o risco de perder a perna esquerda. Entrei em desespero, fiquei desnorteada. Meus pais e minha irmã tentavam me animar, mas estava na cara que também estavam em pânico. Ver a dor deles e sentir a minha própria acabou me matando um pouco por dentro, tenho certeza.

Entrei no centro cirúrgico assustada e com medo. Mas logo me deram anestesia... A operação demorou algumas horas e, quando acordei, a primeira coisa que eu quis saber era se os meus dois pés continuavam comigo. Sim, estavam lá! A operação foi um sucesso, não perdi a perna, mas a esquerda ficou oito centímetros menor do que a direita. Além disso, meu joelho não flexionava mais. Mas isso era o de menos naquela altura. Eu chorava e ria ao mesmo. Estava excitada, sentindo um misto de alegria e alívio.

 No meu aniversário de 21 anos, em junho de 1989, ainda estava internada. Eu me sentia melhor, fazia progressos, mas continuava naquela cama de hospital. Além disso, estava muito magra e abatida. Pensava: 'Nossa, sou só pele, osso e cabelo.' Achei que nada de especial ia acontecer naquele dia, só que me enganei. Meus amigos 'invadiram' o quarto do hospital, levaram doces, bolo, refrigerante e fizemos uma festa ali mesmo. Eu fiquei emocionada, feliz, me senti cheia de vida.


Saí do hospital, dias depois, com uma perna menor do que a outra, sem mexer o joelho esquerdo, com dor, mal me movimentando e usando um aparelho na perna, que parecia uma gaiola. Era uma peça superpesada, com uns parafusos que precisavam ser apertados de oito em oito horas. Foi uma barra, mas meus amigos me deram muita força. Sempre tinha gente lá em casa. Às vezes, um ou dois amigos, às vezes, uma turma inteira. Levavam petiscos, cerveja, violão e ficavam jogando conversa fora até tarde da noite. Isso, de certa forma, me animava. Mas também passei por muitos momentos de tédio e solidão. É complicado perder os movimentos de uma hora para outra e passar a depender de alguém o tempo todo.


Mas não desisti de ir à luta. Prestei vestibular e, surpresa boa, entrei na Pedagogia da Universidade Federal da Bahia. Fiz o vestibular em casa e foi sensacional, uma prova de que estava viva e ativa. Foi muito bom entrar na faculdade, mas logo tive uma enorme decepção: o prédio da universidade não tinha acesso para deficientes físicos. Por isso tive que transferir a minha matrícula para a Universidade Católica, que também não dava atenção especial aos deficientes físicos, mas, pelo menos, estava instalada em um terreno totalmente plano.


Com o tempo e aos poucos, fui me recuperando. Passei a usar sapatos com compensação na sola para regular a diferença das pernas e voltei a andar devagar e de muletas. Para freqüentar a faculdade, levava uma cadeira de praia -bem mais confortável que a carteira da sala-, um almofadão e uma manta, além das muletas. Meu pai, que era promotor de Justiça na época, me ajudava com os equipamentos. Ele sempre esteve do meu lado.


Meses depois conheci Cássia, grande amiga, e liberei meu pai da função de motorista. Concluí a faculdade em sete anos, não em cinco, que é o tempo regulamentar. Levando em conta as dificuldades físicas e emocionais que tive, terminar nesse tempo foi uma grande vitória. Mais tarde ainda, consegui me livrar da gaiola e foi uma alegria enorme. Um alívio, na verdade. Apesar da perna mais curta e do joelho duro, eu me sentia livre e já podia até dar umas voltinhas na rua sozinha.


Sem as amarras, decidi que ia pular o Carnaval de 1993. Sou louca por Carnaval! Ver a festa pela televisão durante anos foi um verdadeiro martírio para mim. Claro que minha família ficou com medo, tentou me fazer desistir da idéia, mas eu estava irredutível. Uma prima, a Fatinha, me ajudou a convencer a família toda. Disse que me acompanharia o tempo todo, não tiraria o olho de cima de mim e prometeu que me devolveria 'inteira'. Nem sei se ela sabe o bem que me fez. Fomos as duas, e eu me diverti como há muito não me divertia. Não consigo esquecer daquela Quarta-Feira de Cinzas na Barra, eu chorando de felicidade e cantando com Daniela Mercury: 'A cor dessa cidade sou eu...'.


A partir desse Carnaval, caiu a minha ficha. Se dava para brincar na rua, eu podia fazer tudo -e comecei a fazer mesmo. Fui caminhar nas trilhas da Chapada da Diamantina, passei a sair mais com os amigos, voltei a ter uma vida social. Difícil foi lidar com o preconceito. Muitas vezes, quando um homem se interessava por mim, ele se aproximava e recuava assim que percebia a minha deficiência. Na Chapada, algumas pessoas passavam pelo meu grupo e falavam coisas do tipo: 'Por que trouxeram essa moça? Isso é maluquice.' Ouvia e não respondia nada. A melhor resposta era mostrar que eu estava bem.
Gesso pélvico usado de janeiro a março de 1989.








gaiola utilizada por mim, por dez meses, entre maio de 1989 e  março de 1990.

Aparelho utilizado por mim, logo após retirar  a gaiola, durante 7 meses,de a março de 1990 a outubro de 1990 com ele dormia sentada.
Dr. Sinval Vasconcelos ( de camisa amarela) responsável por eu não perder  a minha perna, grande ser humano, que hoje está do outro lado da vida. E meu pai, o grande responsável por esta cirurgia de células tronco acontecer.

Aparelho de PVC utilizado por por mim por 4 meses, de outubro de 1990 a fevereiro de 1991.

Tensor utilizado de janeiro de 1993 à novembro de 2003.


Tensor utilizado de janeiro de 1993 à novembro de 2003.
Só retirava p/ tomar banho e dormir.

Carnaval de 2003. Bloco Coruja.

Batizado Dança do Ventre - Novembro de 2002


Braga- Portugal, tensor e sandália compensada 6,5cm, junho de 2000.

Meu sobrinho Marcelo  brincando de "aqui tá fundo aqui tá raso" com minha bota compensada 6,5cm


Morro do Pai Inácio - Chapada Diamantina 





Minha perna esquerda deformada e sandália de dedo, compensada 6,5cm. Natal de 1997.

Festa a fantansia do Beijo, não lembro o ano.Vestida de Diaba e com sandália de salto alto, pé esquerdo  além do salto, compensada 6,5cm.
Meu Fêmur esquerdo de 1993 atá 18 de novembro de 2003


Hoje dia 5 de abril faz 6 anos da cirurgia que fez minha perna esquerda voltar a ser do mesmo tamanho da direita, depois de quase 17 anos mais curta 8,5cm. Agradeço a Deus, Meus pais, minha irmã e trupe, aos meus leais escundeiros, aos novos amigos q surgiram neste caminnhar, a mim por nunca ter perdido a fé e a certeza que mesmo por novas dores, tudo iria dar certo, a Dr. Everson Giriboni e sua equipe médica, a Januza, seu braço direito e a todos daqui de Salvador, de Campinas que me ajudaram neste processo, não posso esquecer de Dr. Sinval Vasconcelos e Tio Lapão, que cuidaram da minha perna até eu encontrar Dr. Everson Giriboni.






Eu e Dr. Everson Giriboni




Pós-cirurgia de Flexão do Joelho em agosto de 2004

Flexionando o joelho esquerdo em novembro de 2004 - Quase 16 anos depois dele ficar rígido.

Meu Fêmur esquerdo com aplaca, pronto p/ receber o osso esponjoso com células tronco adultas.

Pastilha do osso esponjoso ou osso sintético.


Retirando Células Tronco Adultas da Minha medula osséa.

Pastilha do osso esponjoso ou osso sintético com 86% de concentrado de células  tronco adultas.

Meu fêmur esquerdo com  a placa e faltando  8,5cm de osso meu

Colocando a primeira pastilha de osso esponjoso ou osso sintético p/ preencher o espaço do meu fêmur esquerdo.


As duas fotos são do espaço do meu fêmur esquerdo já preenchido com osso esponjoso ou osso sintético com concentrado de *6% de células tronco adultas.

Outubro de 2005, Oktoberfest, perna esquerda do mesmo tamanho e samdália havaina sem compensação, que alegria!!!

Joelho esquerdo flexionado, sem dor e tudo as mil maravilhas!!



Todas as 4 fotos acima, são da minha viagem de comemoração de 22 anos de renascimento no Grand Celebrantion!! E esta sou EU, Circe,a filha do Sol com A Lua!!!

Com o penacho na cabeça e um apito de paz,...quero mais ...quero mais.. Carnaval de 2011 


A foto com Wagner Moura foi tirada no Carnaval de 2006 ou seja menos de 1 ano após a cirurgia, por isso  abengala, apenas uma proteção. A foto tirada com Gilberto Gil foi tirada no Carnaval deste ano, 2011, aí já viram né!! Me joguei...

Eu e os dois pequenos Gandy, no pôr do sol na Praça Castro Alves no domingo de Carnaval de 2011.

Eu e minha irmã, comadre e madrinha rsrs




Parte da Família Foliã, Pelourinho Carnaval de 2011.


Até três anos atrás, minha vida era a mesma e, de certa forma, estava até conformada com as conseqüências do acidente. Aceitei a minha nova realidade. Mas meu pai não sossegava. Ele sempre acreditou que, um dia, ia aparecer alguém, algum médico, que pudesse corrigir o meu problema. Por isso ele vivia antenado às novas técnicas e aos cirurgiões. Ele chegou a enviar meus relatórios médicos para os Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Japão.


'Já usei sandália rasteira e bota de cano longo. Agora me preparo para o primeiro sapato de salto alto depois de 17 anos'
Mas fui eu quem descobriu, totalmente por acaso, a chave para o meu problema. Em setembro de 2003, 15 anos depois do acidente, vi uma reportagem na televisão com o médico Everson Giriboni. Ele falava sobre um antibiótico poderoso contra infecção óssea. Dizia também sobre um estudo que estava fazendo, usando osso artificial e célula-tronco. O estudo ainda não era conclusivo, mas em algum momento ele falou que a técnica poderia ajudar pessoas como eu, que carregavam um problema ósseo.

Foi a primeira vez que eu senti vontade de procurar um médico. Descobri o telefone dele e marquei uma consulta. Como Giriboni atende em Campinas, interior de São Paulo, minha família e eu planejamos a viagem para dali a alguns dias.

Fomos só eu e minha mãe, meu pai não pôde nos acompanhar. Com um novo raio X, o médico me perguntou o que mais me incomodava, se era não dobrar o joelho ou a diferença no tamanho da perna. 'O joelho', respondi na hora. Mas o melhor de toda a nossa conversa foi descobrir que existia uma solução para o meu caso. O senão era que, para melhorar, eu tinha que passar por outras cirurgias. Senti uma confiança enorme no doutor Giriboni e resolvi arriscar. Minha intuição dizia que tudo daria certo.

E foi dando. Passei por algumas operações, tive que quebrar o fêmur de novo, esperar o osso calcificar, sofri o diabo. Mas, logo nos primeiros procedimentos, a diferença entre as minhas pernas diminuiu pela metade. Em março de 2005, tinha chegado a hora da última e definitiva cirurgia, que resolveria de vez o tamanho das minhas pernas. Eu estava na maior expectativa, não só porque queria uma solução para o meu caso, mas especialmente porque o estudo de Giriboni com osso sintético e célula-tronco finalmente tinha sido concluído, e eu seria a primeira paciente do mundo a se submeter a essa técnica.

Fiquei aflita com tudo isso e, pouco antes da operação, muitos jornalistas me procuraram. Eles queriam me conhecer, falar com a pessoa que estava prestes a receber a tal técnica pioneira. Essa situação me deixou assustada e bastante ansiosa. Foi naquela hora que percebi a dimensão do que estava para acontecer. Fiquei com frio na barriga, mas aceitei conversar com os jornalistas. Na verdade, quero que todo mundo conheça a minha história porque uma cirurgia com células-tronco pode mudar a vida de uma pessoa. E foi o que aconteceu comigo.

Mais uma vez, fui para a faca. Já tinha feito tantas cirurgias que entrar no centro cirúrgico virou meio que uma rotina para mim. Mas naquele dia foi tudo diferente. Senti um aperto, uma sensação nova. Acho que era ansiedade, medo, expectativa, tudo junto. Não sei. Depois da operação, recebi a melhor de todas as notícias: tinha dado tudo certo, agora era me recuperar.

Faz dois anos que enfrentei essa cirurgia. O tal osso sintético virou parte do meu esqueleto. Hoje, aos 38, tenho uma diferença nas pernas de só dois centímetros e meio. Mas tenho esperança que isso seja superado com fisioterapia. Não uso mais muletas, aparelhos ou sapatos compensados. Além disso, sento no chão de pernas dobradas e cruzo as pernas como qualquer pessoa.

Já usei até sandália rasteira e botas de cano longo, itens inexistentes no meu guarda-roupa. Agora me preparo para o primeiro salto alto. Nossa, é uma delícia entrar em uma loja, fazer a escolha e sair de lá calçada com um novo par. Fico até emocionada. Foram 17 anos levando sapatos para colocar compensação no salto. Eu até já joguei bola com os meus sobrinhos. Está certo, fiquei no gol porque ainda não sou uma atacante. Mas ensaio uns chutes sem medo de cair.

Também voltei a andar de bicicleta, que eu adoro. Fazer essas coisas pode parecer pequeno, até ridículo. Mas, para uma pessoa nas minhas circunstâncias, elas provam que qualquer esforço vale muito a pena.

Ainda estou me adaptando 'ao meu novo corpo'. Às vezes me pego andando descalça na ponta do pé, como fazia antes, quando a diferença das pernas era maior. Mas comecei a fazer aulas de consciência corporal para reaprender os meus movimentos, o meu corpo e o espaço que ele ocupa. Meus sonhos continuam. Quero voltar a trabalhar com educação e, de alguma forma, ajudar as pessoas. E, daqui para a frente, espero não ver mais nenhum Carnaval pela TV. No ano que vem quero sair atrás do trio elétrico de novo. Tenho certeza de que vou conseguir.'


"Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo." Buda



SIMPLESMENTE GIULIA